"Nada dura para sempre"; "Nós somos eternos"; "Positividade não leva a lugar algum"; "Negatividade gera depressão"; "Pessoas otimistas são mais felizes" ; "Pessoas pessimistas sofrem menos decepções"; "Todo mundo é igual"; "Ser diferente é normal".
Quem já percebeu que frases e frases tentam formar pessoas metódicas, indicando caminhos supostamente de êxito?
E na verdade, para todas essas sentenças existe outra, paralelamente coexistindo, contradizendo-a. Qual será o sentido de escolher viver a favor das águas ou nadar contra a corrente?; dirigir na mão certa ou pilotar a 200 por hora na contra mão?; ou quantas mais analogias que possam ser feitas para situações desse tipo?
Digo, as pessoas vivem realidades diferentes, cada um tem uma história (ou muitas), cada um traz em si um pouco de alegria e dor, medo e coragem, decepção e sucesso, beleza e feiura, saudade e repulsa, defeitos e qualidades... Mas cabe ao próprio indivíduo decidir o que vai prevalecer, de acordo com o que considerar justo para si. Isso diz o que vai ser da vida, e não frases condizentes à utópica felicidade pelo caminho mais curto.
Cada um caminha pelo pé que achar melhor, e se cair, decide se vai levantar e persistir ou ficar à mercê das intempéries da vida.
Aliás, falando de felicidade, nunca existiu garantia que ela é/foi/será eterna. O ser humano, quanto mais tem, mais quer; sendo assim, uma grande dose de felicidade se tornaria monótona diante de desafios maiores, conquistas e aventuras maiores; pois ninguém saberá o que é ser feliz se nunca conhecer os dias tristes, ou simplesmente os normais.
Por isso prefiro acreditar que a felicidade é composta aos poucos, num eterno quebra-cabeça, onde as peças se encaixam de acordo com a vontade do "dono", e são chamadas de lembranças, momentos, ego, pessoas, fé e sentimentos. As peças podem ser substituídas, e trocadas de lugar a qualquer momento, outras são descartadas e algumas novas adicionadas...
E é exatamente por esse motivo que não são métodos/frases/livros que decidem o rumo da vida de alguém, mas sim, o próprio indivíduo, tendo como guias a razão e o coração, pois ambos, quando usados equilibrada e coerentemente, fazem um ótimo trabalho.
Fica pra reflexão,
Até a próxima,
Isabela Maria
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