quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Subjetiva em si.

Impressas numa melancolia infindável, aquelas recordações principiavam a estar distantes. Havia o temor de que algo viesse a dar errado. Começava a sentir-se desconexa de toda aquela história. Das próprias histórias, as quais protagonizara. Começava a imaginar se não havia inventado para si tudo aquilo: o olhar cintilando à beira-mar sob a luz da lua cheia, ou mesmo a intensidade afetiva daquele suspirar quando sorria como quem não queria ir embora nunca mais. Teria inventado tudo aquilo em sua mente? Vacilava, andando de um lado para o outro na pequena sala de luzes fluorescentes. Temia estar esgueirando-se rumo ao caos interno, duvidando sobre o que lhe viria a acontecer. 
Por vezes, ainda assim, sorria. Sorria quando tinha certeza da realidade que vivera. Muitas cores, sorrisos. Risos. Pálpebras semi-cerradas por consequência das recorrentes risadas. Não podia ter sonhado tantas coisas. Ou podia? Não estava segura sobre isso. 
Permanecia ali naquele lugar, de janelas fechadas e som alto para atrapalhar o excesso de pensamentos - que causavam a dorzinha constante sob o peito. Ainda assim as esperanças desvaneciam, lentamente minadas para algum lugar ao longe. Esvaíam-se como uma flor exala um perfume. Mas ainda tentava manter um pouco da essência em si. Permanecia ali. Sentada. Escrevendo subjetivamente sobre si, olhando-se do alto.

domingo, 29 de julho de 2012

Nota - Satisfações.

Sinto que estou limitando muito meu blog à redações escolares. Preciso parar com isso. 

Por isso fico demorando muito de postar coisas aqui. Sinto muito por isso. Nem sempre a inspiração está sendo minha companheira, e tentar escrever algo útil sem ela comigo é muito complicado.

Vida corrida. Muita coisa o que fazer... Não que eu esteja fazendo tudo o que devo - como é perceptível, o blog criando teias de aranha virtuais... 

Talvez eu comece a falar por aqui com mais frequência. É bom aprender com as próprias palavras, escritas no momento e lidas futuramente. Quem nunca se imaginou, lembrando, alguns anos antes e pensou: "Nossa, como eu era infantil e imaturo?" A verdade é que daqui alguns anos, vamos lembrar de nós hoje, pensando a mesma coisa. E sempre vai ser assim. Minha mãe já me disse isso, meu pai já me disse isso. 

Então temos que tentar fazer a pena, ao invés de nos preocuparmos com ''como vamos nos julgar futuramente". Quem pensa demais no passado, ou no futuro, esquece de viver o presente. Apenas use os erros passados como aprendizado e exemplo, e faça planos com a consciência de que imprevistos existem e podem te desviar deles. Não se deixe abater. Não é tudo na vida que passa. Algumas coisas perduram. E essas são as mais verdadeiras possíveis. Mas tome cuidado, é muita, muita coisa passageira, não se deixe abater por causa de bobagens. Somos mais valiosos do que uma simples porta na cara, do que uma nota vermelha, do que um não... E mais uma coisa. Ame-se! Aprenda a gostar de você mesmo, assim, as pessoas aprenderão a gostar de você também. 

A vida é simples, tudo é simples. A gente é que tem mania de complicar, com nossos sentimentos complexos, impulsos, emoções, momentos... Mas ninguém é perfeito. Se dê ao direito!

Beijos beijos. 

Alguém que está aprendendo a ser mais feliz com as coisas mais simples.

Isabela Maria
Direitos Autorais Reservados




terça-feira, 24 de abril de 2012

O Brasil que o pessimista não vê

Balanceamento Nacional

(Na aula de redação)



  O Brasil é um país que apresenta um evidente pessimismo dos indivíduos. Chega a ser cansativo, ouvir sobre as polêmicas e os aspectos negativos brasileiros. Pobreza, corrupção, desmatamento, falta de segurança pública e mais uma variedade de argumentos indicando que se vive em um país decadente.
  Uma postura pessimista pode piorar as coisas, pois toma-se um pensamento limitado por uma sentença: "Não vai mudar nunca". Quando um indivíduo mostra-se aberto a novas possibilidades e paciente para uma progressão mais segura, o sistema dessa equação começa a se desenvolver. Certo que, se o Brasil for comparado às grandes potências, ficara posicionado inferiormente, pois o decorrer histórico e econômico não permite um balanceamento justo. Entretanto, se forem considerados outros países e aspectos, a flâmula verde e amarela está ascendente.
  Hoje, os brasileiros vivem numa nação que tem ótimas relações e acordos internacionais, aspectos naturais privilegiados que abrem ótimas possibilidades, por exemplo em relação à produção alternativa de energia. Também possui o maior manancial de água potável do mundo, o Aquífero Guarani que tem mais de 50% de sua reserva em território brasileiro. Além de climas variados, que abrem opções a quase todo tipo de cultura agrícola.
  Com a possibilidade de mobilidade econômica e social - inexistente, por exemplo, na Índia com o sistema de castas - , a população pode melhorar de condições a cada dia. O maior país da América do Sul, tem adoradores ao redor de todo o planeta, admirado por sua variedade cultural, natural e sua gente hospitaleira, pelo samba e pelo futebol, e criticado pela maneira como vê a si mesmo, com uma negatividade prejudicial.
  Obviamente, não é para o brasileiro se estatizar ou ignorar os problemas existentes, mas se abrir a caminhar com essa sociedade que cresce a cada dia e possui tanta beleza e valor. Menos palavras e críticas, e mais ação, fé e positividade, por justiça, por segurança e por manter sua autonomia.

Enfim, pensem bem antes de criticar nosso berço...

Isabela Maria
Direitos Autorais Reservados

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Hora dizer Adeus às amarguras do passado !

Um fato inusitado me fez refletir: ultimamente, eu estava comendo apenas chocolate meio-amargo (e ele tem um gosto mais forte). E hoje, abri um chocolate ao leite (que apesar de mais gorduroso, tem um gosto mais leve) que ganhei, e enquanto degustava pensei: "Nossa, tinha até esquecido como o chocolate mais doce também é bom".

 Tá, e daí?
E daí, que esse tipo de situação está sempre presente na vida das pessoas. Não, não com o chocolate, claro. Mas com os sentimentos e com as emoções. 
Sem julgar ninguém, sem questionar os motivos dos outros... Algumas pessoas começam a levar a vida de uma forma tão dura, tão amarga, que acabam se esquecendo de como as coisas simples, os sentimentos doces, são gostosos.
Sim, existem muitos 'poréns' , existem muitas mágoas, rancores, muitas lágrimas e muitas feridas, que TALVEZ possam justificar a amargura e frieza de algumas pessoas. 
Mas por que não se desapegar do passado? Ficar guardando esse tipo de coisa só faz mal. Por mais que alguns desses sentimentos tenham sido consequências de uma época que tem muitas coisas boas, muitos momentos preciosos que tiveram um ponto final até mesmo por algo fútil, por mais que doa parar de olhar pra trás, o certo é seguir em frente. Tão clichê, mas tão verdade!
Existem pessoas insubstituíveis, mas isso não quer dizer que elas tenham que estar para sempre na nossa vida. Seria egoísmo querer prendê-las sempre conosco, não? Existem sentimentos que parecem que nunca vão acabar, que nunca vão passar; e quando um final é imposto a isso tudo, parece que nunca poderemos senti-los novamente (seja em amizades que tenham um fim; seja em relacionamentos)...  Ora, mas que tolice! Eles só não acontecerão novamente SE você se prender num mundo de nostalgias e lembranças distantes. Entretanto, se decidir olhar para frente e a sua volta, se analisar a realidade, pode perceber que seu coração é forte o suficiente para se renovar, e tem amor-próprio o suficiente para parar de pensar no passado e cuidar de quem você tem, e valorizar o que/quem se deve, ao invés de ficar sofrendo.Afinal, existem tantas pessoas especiais...
Realmente, é um desafio esquecer, desapegar, mas por que não enfrentá-lo? No fim das contas vale a pena, é só lembrar com carinho - e não com possessividade - as coisas boas, e o aprendizado ;  e esquecer o que fez doer. 
Depois é fácil perceber que tudo o que é verdadeiro fica - talvez não em matéria, mas no coração - , e o que não é pra ser, passa. Por que é Deus quem encaminha tudo, coloca os caminhos pra se encontrarem - assim como separa os caminhos que não devem continuar juntos. Pois TUDO faz parte do aprendizado da vida, e por tudo, temos somente que agradecer.

Está na hora de arriscar novos caminhos, arriscar-se a novos sentimentos - os mesmo que foram renovados -, e a pessoas especiais...

Boa reflexão para o início de um novo ano!

Isabela Maria
Direitos Autorais Reservados